Vivemos dias acelerados. Os compromissos são muitos, as cobranças são constantes e o tempo parece sempre escorrer pelas mãos. Mas, em meio a essa correria, há algo que nunca deveria ser deixado para depois: a presença na vida dos nossos filhos.
É muito comum ouvirmos a frase “a escola precisa de parceria com a família”. E é verdade. Professores, coordenadores e diretores fazem o possível para ensinar, orientar e acolher — mas sem o envolvimento da família, o processo educativo fica incompleto.
Mais do que isso: quem mais precisa de você é seu filho.
Estudos da Universidade de Harvard mostram que o envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos está diretamente relacionado a melhores notas, maior autoestima e redução nos índices de evasão escolar. E isso não significa estar presente só nas reuniões escolares. Significa construir uma relação de confiança, onde cabem conversas difíceis, limites bem definidos e muito afeto.
Dizer “não” é uma forma de amar.
Dar castigo, quando necessário, é responsabilidade.
Conversar, orientar, puxar a orelha com carinho… tudo isso educa.
Infelizmente, a ausência tem deixado marcas. Uma pesquisa do IBGE revelou que mais de 13 milhões de crianças e adolescentes no Brasil vivem em lares onde não há a presença constante de um responsável ativo no dia a dia. Isso se reflete em comportamentos, escolhas e no risco de exposição a conteúdos, pessoas e ambientes inadequados.
Se você não estiver perto, alguém ou algo estará. E nem sempre esse “alguém” será uma boa influência.
Hoje, as redes sociais, os vídeos no YouTube, os influencers mirins e até jogos online estão ocupando o espaço que deveria ser dos pais. E isso não é apenas entretenimento — é formação de valores, visão de mundo, linguagem e comportamento.
Você sabe o que seu filho está assistindo?
Sabe quem são os “amigos” virtuais com quem ele conversa?
Sabe o que ele anda consumindo na internet, na escola, nas conversas do dia a dia?
Isso não é controle excessivo. É cuidado. É responsabilidade. É amor.
A infância e a adolescência são fases que pedem estrutura, firmeza e segurança. E isso só é possível quando a família se faz presente — com tempo de qualidade, escuta verdadeira e presença ativa.
Educar dá trabalho, sim. Cansa. Requer paciência, resiliência e presença constante. Mas é também o maior legado que podemos deixar. Nada substitui um pai ou uma mãe que acompanha de perto, que conhece o filho, que orienta e que coloca limites com amor.
Vamos estar mais presentes?
Pelo bem dos nossos filhos. Pela saúde emocional e pelo futuro deles. E por nós também — para que, no tempo certo, tenhamos a alegria de ver que valeu a pena ter estado ao lado, mesmo quando era mais fácil se ausentar.
💛 Porque educar é, antes de tudo, amar com presença.
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