Vivemos tempos em que emoções oscilam rapidamente: um dia produtivo pode virar exaustivo em poucas horas. É nesses momentos que surge a necessidade de resiliência emocional — a habilidade de recuperar-se, reencontrar o centro e seguir em frente com mais clareza.
Segundo o psiquiatra Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Emocional (Objetiva, 2011)https://amzn.to/41R7CdU, essa capacidade não é um dom inato, mas uma competência que pode ser cultivada diariamente. Em nosso blog já refletimos sobre como a atenção plena amplia a consciência no dia a diahttps://izabelaruiz.com.br/mindfulness/educar-na-era-digital-entre-estimulo-constante-e-presenca-consciente/, e aqui damos mais um passo: como cuidar do corpo e da mente para reencontrar o equilíbrio.
O corpo como ponto de partida
Antes mesmo de organizar os pensamentos, o corpo dá sinais claros de que precisa de pausa: respiração acelerada, tensão nos ombros, aperto no peito. Uma forma prática de iniciar o processo de reequilíbrio é parar por um instante e respirar de forma consciente. Inspire contando até quatro, segure o ar por dois segundos e solte lentamente. Repetir esse ciclo cinco vezes já é suficiente para sinalizar ao cérebro que é hora de reduzir a carga de estresse.
O autoacolhimento como caminho
Muitas vezes, diante de uma queda emocional, nossa primeira reação é a autocrítica: “eu não deveria estar me sentindo assim”. Mas a resiliência nasce justamente do contrário: do autoacolhimento. Pratique dizer a si mesmo: “está tudo bem sentir isso agora”. Esse gesto de gentileza interna abre espaço para que a mente se reorganize sem a pressão de “voltar ao normal” imediatamente.
Pequenos hábitos que fortalecem
Resiliência não é construída apenas em momentos de crise, mas no cotidiano. Criar micropráticas de equilíbrio ajuda a treinar a mente para lidar melhor com os desafios:
- Pausar por dois minutos ao longo do dia para respirar profundamente.
 - Registrar em um caderno três coisas pelas quais você se sente grato.
 - Fazer um breve alongamento quando perceber tensão acumulada.
 
São gestos simples, mas consistentes, que reprogramam corpo e mente para uma resposta emocional mais saudável.
Reequilibrar é um processo, não um ponto final
Resiliência emocional não significa não cair, mas sim levantar com mais suavidade a cada vez. O corpo e a mente trabalham juntos nesse movimento: respirar, acolher-se, praticar diariamente pequenos cuidados. Ao integrar essas práticas, fortalecemos não apenas a capacidade de enfrentar crises, mas também de viver com mais leveza e presença.
Namastê










